terça-feira, dezembro 09, 2008

FELIZ NATAL 2008




São os votos do

ZezinhoMota

quarta-feira, agosto 27, 2008

A Freguesia onde nasci; LOUSADO ( 3 )




LOUSADO


Origem

De onde deriva a palavra LOUSADO
O nome “Lousado” está ligado a uma história (será lenda?) relacionada com a estrada que ligava o Porto a Braga, a qual passava pela ponte romana existente, talvez no lugar onde hoje se encontra a “Ponte da Lagoncinha”.
Ora havia um troço dessa estrada, junto da dita ponte, que estava empedrado com fragmentos de lousa - xisto .
Começou o povo então a chamar-lhe -“o caminho enlousado” nome que derivava do tipo de pedra que o cobria.
Com o passar dos tempos a palavras “enlousado” sofreu modificações e deu origem à palavra “lousado”, que viria a ser o nome das terras por onde o dito caminho passava em tempos pertença do Mosteiro de Landim e por sua vez formariam, uma freguesia como topónimo “Lousado”, posteriormente integrada no concelho de Vila Nova de Famalicão.
Cidália Cunha

Demografia
Segundo levantamento efectuado pelo actual executivo em finais de 2007, na Freguesia existiam:
- cerca de 5 400 habitantes;
- 1 400 fogos;
- 3 122 eleitores activos.







..................................Cardeal Cerejeira

D. Manuel Gonçalves Cerejeira, foi Cardeal Patriarca de Lisboa durante 42 anos. Começando pelo principio direi que no dia 29 de Novembro do ano de 1888 nasceu numa modesta casa, situada no lugar da Serra (hoje Biblioteca e posto Internet) um menino a quem foi dado o nome de Manuel Gonçalves Cerejeira.
Foram os seus pais Avelino Gonçalves Cerejeira e Joaquina do Sacramento de Jesus Rebelo, vindo a ser baptizado na igreja paroquial de Lousado, no dia 3 de Dezembro de 1888. Aos 7 anos de idade seus pais matricularam-no na escola oficial de Lousado sendo aí o seu professor Bernardino António dos Santos, concluindo a instrução primária (4º classe).
Pelo seu professor foi então dito que o aluno Manuel havia sido, um bom exemplo de dedicação ao estudo e de fidelidade à disciplina. Concluída que foi a instrução primária, segue para a cidade de Guimarães, onde se matricula no Seminário Liceu dessa cidade.
No dia 8 de Dezembro de 1904, realizou-se em Braga, numa academia de estudantes, uma sessão solene em honra da Nossa Senhora da Conceição – Padroeira de Portugal. Manuel Gonçalves Cerejeira foi o aluno escolhido, para uma representação dos seus 140 condiscípulos do Seminário de Guimarães, falar sobe Nossa Senhora – padroeira de Portugal, e o jovem orador, tão bem se sobressaiu na sua prédica que se faz levantar a numerosa e culta assistência aplaudindo de pé e entusiasticamente as sua sapientes e eruditas palavra. Os 5 anos que estudou no Liceu Seminário de Guimarães, passou-os com distinção sendo dispensado das provas orais do 5º ano e aprovado com distinção.
Em 1905 matricula-se no Liceu Alexandre Herculano, no Porto, onde concluiu o curso complementar de letras, também com distinção. Em 1906 matricula-se no Seminário conciliar de Braga onde permanece até 1909. Aqui como nos outros estabelecimentos de ensino é muitíssimo considerado, admirado, deixando as maiores saudades. Os seus professores e condiscípulos dizem que Manuel Gonçalves Cerejeira é pessoa afável, humilde e piedosa e muito inteligente.
Durante a sua permanência no Seminário de Braga veio em peregrinação a Santiago de Compostela Monsenhor Francisco Broune, arcebispo de Westminster – Inglaterra.
Nesta sua peregrinação resolveu fazer uma visita ao Norte de Portugal visitando o Seminário Conciliar de Braga. Porque se tratava de um prelado de grande prestígio, a Reitoria do Seminário fez questão em prestar-lhes as mais merecidas homenagens. Dentre estas estaria a saudação feita por um aluno do Seminário. Foi encarregado desta honrosa mas responsável missão o laureado seminarista Manuel Gonçalves Cerejeira, não recusando o convite.
E fê-lo tão brilhantemente que, no final do discurso de saudação, o Arcebispo Prima de Braga, D, Manuel Baptista da Cunha, fez o seguinte comentário – profético: "aquele rapaz há-de ir muito longe!" Passados 20 anos, D. Manuel Gonçalves Cerejeira foi a Roma receber o chapéu cardinalício e aí se encontrou com o já velho cardeal inglês e falou-lhe da sua visita ao seminário de Braga que o cardeal também se lembrava dizendo-lhe: a minha profecia está cumprida. Em 1909 Manuel G. Cerejeira, vai para Coimbra, onde se matricula na Faculdade de Teologia. No dia 1 de Outubro de 1910, recebeu em Braga, Prima Pousura e no dia seguinte, recebeu os quatro graus de Ordem Menores; a seguir o Subdiaconado.
Volta a Coimbra, frequentando o segundo ano de Teologia, ao mesmo tempo matricula-se como aluno voluntário na quarta e sexta cadeira do 1º ano de direito estudando história das instituições do Direito Romano, Peninsular e Português, frequentando ainda a 7ª cadeira do 2º ano de direito. Em 17 de Dezembro de 1910, foi Manuel Gonçalves Cerejeira ordenado Diácono, pelo então Arcebispo Primaz de Braga, D. Manuel Baptista da Cunha e a 1 de Abril de 1911, confere-lhe o Presbitério, urgindo-lhe as mãos para todo o sempre e em 23 de Abril de 1911,o novo Presbítero Manuel Gonçalves Cerejeira jubilosamente e solenemente celebra a sua primeira missa na mesma igreja que 23 anos antes havia recebido o santo sacramento de Baptismo.
Em 1911, o já sacerdote Padre Manuel G. Cerejeira matricula-se no 2º ano na faculdade de Direito Civil e Economia Politica e frequenta as aulas do 3º ano nas cadeiras Direito Administrativo, Direito Penal e Finanças e ainda no 3º ano de teologia, alcançando a mais alta classificação.
Em 1912 abandona o curso de Direito e matricula-se na Faculdade de Letras, onde conclui a sua formatura com 19 valores. Em 11 de Novembro de 1916 é nomeado assistente da Faculdade de Letras.
Em 30 de Janeiro de 1918, doutorou-se em Letras (secção de Ciências Históricas e Geografia) com a mais alta classificação (20 valores), passando nela a exercer as honrosas funções de jubilado professor durante 10 anos, até 23 de Março de 1928 altura em que ascendeu ao Colégio Episcopal, sendo designado pelo Papa Pio XI para Arcebispo Titular de Mitilene e Auxiliar do Patriarca de Lisboa Cardeal D. António Mendes Belo.
No dia 5 de Agosto de 1929, morre D. António Mendes Belo, ficando assim vaga a Sé de Lisboa, vindo esse lugar a ser ocupado pelo seu auxiliar – Arcebispo de Mitilene. D. Manuel Gonçalves Cerejeira, por determinação apurada em Consistório Secreto realizado em 18 de Novembro do mesmo ano. Neste consistório, foi também elevado à categoria de Cardeal, Monsenhor Pacelli, que viria a ser o Papa Pio XII. No dia 2 de Fevereiro de 1930, é D. Manuel Gonçalves de Cerejeira, investido na Sé de Lisboa na qualidade de Cardeal Patriarca de Lisboa.
D. Manuel Cerejeira passou então a ser o Cardeal mais novo do Colégio Cardinalício. Por isso passou a ser designado o Cardeal-Menino. O tempo ia rolando, provocando naturalmente o desgaste da vida. D. Manuel Cerejeira sentir-se-ia já pouco cansado. Por isso em 1966 solicita ao seu superior hierárquico – Papa Paulo VI, a resignação ao lugar. Paulo VI não concorda e pede-lhe que continue no seu posto.
O Cardeal Cerejeira continua a trabalhar com reconhecida inteligência, com piedade e com grande saber. Entretanto 82 anos de vida e 40 de pontificado já são suficientes e renova o seu pedido de resignação, obtendo-o depois de muita insistência, sendo publicamente anunciada através do Sr. Bispo de Leiria em 13 de Maio de 1971, em Fátima.
O Cardeal Cerejeira participou em três conclaves dos quais saíram eleitos outros tantos Papas a saber: Cardeal Engenio Pacelli (Pio XII, 1939), Cardeal Roncalli (João XXIII) e o Cardeal Montini (Paulo VI, 1963).
Mais nenhum Cardeal terá participado em tantos Conclaves. Durante o interregno entre a morte de João XXIII e a elevação de Paulo VI, o Cardeal Cerejeira fez parte como Cardeal decano da Ordem dos Presbíteros do Triunvirato que, conjuntamente com o Cardeal Camerlengo, D. Bento Aloísio Masella governou a igreja.
O Cardeal Cerejeira foi membro da Real Academia de La História de Madrid, desde 20-06-1921, da Academia de Letras Brasileira e da Academia de Letras de São Paulo. Foi distinguido com a Grão Cruz da Ordem do Cruzeiro do Sul, Grã Cruz da Ordem Militar de Cristo, (desde 5-3-1932) , Grã-Cruz da Ordem de Santiago de Espada (14-5-1936), Cruz Meritíssima de São Raimundo de Penhaforte (1945) e as mais altas distinções da Ordem de Malta e da Ordem Equeste do Santo Sepulcro e Grã-Cruz da ordem do Infante Dom Henrique (27-12-1969).
Foi ainda representante Prontificado em varias sagrações e congressos, realizados em vários países. Após a sua resignação ao lugar de Bispo da Diocese de Lisboa, recolheu em 7 de Outubro de 1971, à Casa do Bom Pastor, situada no lugar da Buraca – Lisboa, onde santamente faleceu às 23 horas do dia 1 de Agosto de 1977.
O Cardeal Cerejeira foi gigante no pensamento, no saber, no senso e no amor a Deus e à Igreja. Foi ainda gigante na acção pastoral da sua diocese.
Por isso dignificou a igreja e a sua e nossa Pátria; por isso foi e é orgulho e honra da nossa Terra – Lousado.
“A grandeza do homem não se encontra na sua beleza física, por mais atraente que ela possa ser, nem tão pouco no tamanho dos seus bens materiais, por mais volumosos que eles possam ser, está sim na incorruptibilidade do seu carácter e na humanidade do seu coração.”
Continuando com a descrição (embora que resumidíssima) da vivência temporal daquele que foi o nosso mais ilustre e sapiente conterrâneo, Dom Manuel Gonçalves Cerejeira, direi que responsável e providente que era, dispôs atempadamente as suas disposições testamentárias, escritas por si que textualmente diziam o seguinte: “Em nome de Deus. Eu D. Manuel Gonçalves Cerejeira, Cardeal Patriarca de Lisboa faço o meu testamento pela forma seguinte: como se fosse o ultimo momento da minha vida, quero morrer a adorar, a louvar, a bendizer, a dar graças a meu Senhor Jesus Cristo e por Ele e Nele a Santíssima Trindade, a Quem é devida toda a honra e toda a glória. Entrego confiadamente a Deus a minha alma, pois como São Paulo também posso dizer: "Scio cui credidi". Conheço o coração misericordioso do meu Deus e Senhor, e sei que para lavar os meus pecados derramou todo o seu sangue.
Espero que me deixará exalar o último suspiro na chaga aberta do seu Peito, perdoai-me os meus pecados e recebendo-me no seu Reino. Morro na Santa Igreja Católica, minha Mãe, que me deu à luz e a Graça do meu Senhor Jesus Cristo. Foi nela e por ela que conheci, amei, e servi Aquele que é Verdade, o Caminho e a Vida. E só me pesa não o ter feito como eu devia e Ele merecia, que era com toda a perfeição no dom total de mim mesmo. Cristão, sacerdote e bispo, uno a minha morte à que Nosso Senhor Jesus Cristo quis sofrer por amor de nós.
Aceito-a, bendigo-a e agradeço-a como a pena devida ao pecado e o supremo holocausto de adoração, louvor, acção de graças, reparação e súplica, em união com o meu divino Mestre e Salvador.
Ofereço-a em especial por todos aqueles que o Senhor confiou à minha guarda. Como se fosse livre de evitar a morte, quero sofrê-la para que tenham a vida eterna, e um dia comigo no Paraíso não cessem de cantar as misericórdias do coração de Jesus.
Entre todos os que o Senhor, por intermédio do Seu Vigário me confiou, ponho em lugar de eleição, no oferecimento da minha vida, os queridos sacerdotes.
Bem desejaria no céu interceder até ao fim do tempo para que Deus os guarde, os santifique, os multiplique, de tal sorte que se diga na terra que é o Senhor que passa neles santificando os homens.
Peço humildemente ao Vigário de Cristo a Sua Bênção Apostólica e o perdão de todos os meus pecados e faltas e negligências: de todo o mal que fiz, de todo o bem que deixei de fazer, e de todo o bem que fiz mal feito. E peço-o igualmente a todos aqueles a quem tenha prejudicado, seja com o que fiz, seja com o que não fiz. Especialmente os meus diocesanos, aos quais devo consagrar todas as luzes da minha inteligência, e forças da minha vontade e capacidade do meu coração a emergir do meu corpo. Sendo tão infiel às graças recebidas, parece-me porém, poder dizer: que não tive outros grandes amores da minha vida, além de Deus, da Igreja e da minha diocese. E se bem que não mereça, gostaria de ter merecido este título: um bispo que amou o seu clero. Aspirei desde a juventude a não ter outra riqueza que não fosse a de amar e servir a Nosso Senhor Jesus Cristo e á sua Igreja.
Os bens que possuir não os considero senão como bens da igreja para o serviço da glória de Deus e da salvação das almas, e todas constituo universal herdeiro os Seminários de Patriarcado de Lisboa representados pelo Seminário Maior de Cristo - Rei.
Lisboa, 7 de Janeiro de 1950 (Ano Santo).
Manuel Gonçalves Cerejeira, Cardeal Patriarca de Lisboa
No decorrer do período da sua doença, que o levou à morte, D. Manuel Cerejeira, redigiu mais um texto, que juntou ao seu testamento que dizia o seguinte: “Acrescento ao meu testamento as seguintes palavras saídas do coração, para serem lidas com ele:
Com enternecido reconhecimento agradeço a todos os que trabalham comigo no apostolado – Senhores Arcebispos e Bispos, dilectos sacerdotes meus “cooperadores” auxiliares e instrumentos “ como diz o Concílio, apostólico leigos empenhados na vinda do Reino de Deus, e fiéis e dedicados familiares, aos meus parentes peço-lhes encarecidamente que se conformem e alegrem com a vontade de Deus, sobrepondo às riquezas e grandezas da terra a fidelidade à fé católica, a dedicação à Santa Igreja, a honradez e santidade da vida, o amor ao trabalho e a paz da consciência.
Não figura no testamento nenhuma clausula relativamente a sufrágios, porque desejando morrer pobre não quis impor nenhuma obrigação como quem deixa bens próprios. "Mas peço humildemente a todos os fiéis recomendem à misericórdia divina a minha pobre alma".
Reservo a ultima bênção para a diocese que foi minha mística esposa, o Patriarcado de Lisboa. E assim como ao entrar solenemente pela primeira vez na Sé Patriarcal consagrei a Diocese ao Coração Imaculada de Maria, assim agora lhe entrego, com toda a fé e devoção de que sou capaz: Santa Maria Mãe de Deus Rogai por mim pecador, agora e na hora da minha morte!”
Casa do bom Pastor 13-05-1977, Lisboa. Manuel Gonçalves Cerejeira – Patriarca resignatário de Lisboa.
Para terminar, direi que o cordão, que havia sido da sua mãe (prenda de noivado) e que dela o havia recebido, prendendo-o vezes sem conta ao pescoço, para junto do seu coração a recordar saudosamente, o doou à Sé de Lisboa.
Pelo exposto pode-se certificar que as palavras maldosas e instintivamente mal intencionadas atordoadas, postas malevolamente a público, de que o Cardeal Cerejeira era um poderoso accionista da Mabor, da Sacor, etc, não tinham a menor credibilidade nem razão de ser. O saudoso Cardeal Cerejeira foi sim muito rico, mas em valores morais, espirituais «, intelectuais e de dignidade.
Por isso bem digamos o seu bom Nome, o seu edificante passado e honremos a sua augusta memória.




.Casa do Cardeal Cerejeira - Junto a uma passagem de nível que existira e onde eu nasci - Meus pais eram Ferroviários!




..................................Antiga Igreja onde fui baptizado


.......................................Capela S. Lourenço


...............................A Igreja nova inaugurada em 23-04-1961



07/11/2007

CP e junta de freguesia de Lousado estabelecem parceria comercial

A CP e a Junta de Freguesia de Lousado (concelho de Famalicão) estabeleceram uma parceria mediante a qual esta autarquia passa a dispor de alguns dos espaços existentes na estação urbana de Lousado, pertencente à linha de Braga. Nesses espaços a Junta de Freguesia instalou os seus serviços e, em contrapartida, passou a efectuar a venda de títulos de transporte para a CP Urbanos do Porto e presta informações úteis aos clientes.

Nos termos da concessão desta parceria, a Junta de Freguesia procedeu à remodelação de espaços da CP, tendo sido acordado o pagamento de uma renda mensal simbólica pelas áreas ocupadas, competindo àquela entidade gerir os serviços de limpeza da estação e ainda o pagamento dos consumos da energia eléctrica e água dos espaços concessionados.

O período de funcionamento da actividade de venda de serviços da CP Urbanos do Porto coincide com o horário de funcionamento da Junta de Freguesia, ou seja, das 9h30 às 19 horas, de segunda a sexta-feira.

Assim, além do serviço de venda, a Junta de Freguesia de Lousado passou a gerir ainda a informação estática da CP, através de informações ao cliente que são afixadas em expositores existentes no edifício da estação, contribuindo para um melhor aproveitamento e preservação da infra-estrutura existente ao serviço da comunidade, o que resultará numa melhoria do serviço da CP Urbanos do Porto e nível segurança das pessoas e bens, percepcionados pelos actuais e potenciais clientes.

............................................Antiga Azenha

A Freguesia onde nasci; LOUSADO ( 2 )

A Ponte de Lagoncinha e a Ponte de Ferro (mais exactamente a ponte ferroviária entre a Trofa e Lousado), pertencem ao Património da terra.






...................................Ponte Lagoncinha

Hoje ir-me-ei ocupar de uma jóia arquitectónica que é bem um «ex-libris» da nossa terra e, por isso, motivo de justificado orgulho da nossa gente. A Ponte da Lagoncinha. Assim, vou procurar, embora resumidamente, trazer ao conhecimento dos meus presumíveis leitores um pouco da sua rica e quase milenária história. Antes, porém, de lá chegar, gostaria de recuar um pouco no tempo e falar (escrevendo), embora de um modo muito superficial, de uma outra que antes desta aí teria existido.
Como é de universal conhecimento, o nosso magnífico e lindo território, então denominado «Lusitânia», esteve vários séculos dominados e ocupado pelos «Romanos» (hoje dir-se-ia colonizado). Pois bem, durante esse largo período de ocupação, feito por esse povo expansionista e inteligente, que nos deixou em alguns domínios padrões pelos quais ainda nos vamos orientando, passados que já lá vão dois milénios, os invasores - ocupantes fizeram da Brácara - Augusta (Braga) o seu epicentro e dai abriram, em direcção às principais terras então existentes, vias militares (estradas).
Entre essas vias militares, foi aberta uma com o traçado Brácara Augusta (Braga – Santarém, passando pelo Porto.
Como é evidente esta teria necessariamente de atravessar o rio Ave. Segundo as mais lógicas e plausíveis conclusões a que chegaram alguns dos investigadores e historiadores portugueses, mais profundos e conhecedores da matéria, a travessia do rio Ave, servindo essa via militar a caminho de Santarém, era justamente feita através de um ponto por eles (Romanos) então construída na freguesia de Santa Marinha de Lousado. Esses investigadores historiadores chegaram a essa segura conclusão, baseados no aparecimento de elementos e de vestígios que constituíam provas verídicas e mais que convincentes dessa certeza.
Esses elementos e essas provas, a que nos vimos referindo, são os «marcos milenários», usados e colocados pelos Romanos ao longo das vias militares por eles construídas, encontrados nas freguesias de Santiago D`Antas, Cabeçudos e nesta terra. Por consequência parece não existirem duvidas quanto à freguesia onde essa ponte romana foi construída (Lousado). A dúvida persiste, sim, quanto ao local exacto. Há historiadores que são de opinião ter sido ela construída no mesmo local onde se encontra hoje a Ponte da Lagoncinha; outros, porém, já são de parecer que ela poderia ter sido construída um pouco a jusante desta. Seja como for, o certo é que foi construída em Lousado, e isso é que importa.
Dito isto, quase à laia de introdução, vamos ao assunto que aqui e agora me propus trazer: A Ponte da Lagoncinha.
Começarei por dizer que é de estilo românico e que a sua idade será sensivelmente a mesma da nossa Pátria Portuguesa. Isto é : terá sido construída no século XI.
Há documentos que atestam ter D. Fernando Martins, bispo do Porto, falecido em 1185, deixado em testamento, vários legados para ajudar a custear a construção desta ponte. Nesse tempo era frequente haver pessoas que doavam parte dos seus bens, ou dos seus rendimentos, às pontes em construção ou a construir. Consideravam-nas obras de fundamental e primordial interesse social.
Donde teria vindo então à Ponte o nome de Lagoncinha?
Frei Leão de São Tomás, em 1651, citou um documento notarial, com a data de 1073, que se refere a uma doação de certos casais em Bougado e parte da igreja em Ribeirão, que D. Gontinha ou Goncinha, senhora ilustre, que viveu perto do rio Ave e da ponte, que dela parece ter tomado o nome embora com alguma corrupção do vocabulário, fez em favor de Gandemiro, Abade do Mosteiro de Santo Tirso. Dai se presume que o nome da Ponte veio dessa ilustre senhora. Alguns historiadores afirmam ter essa morrido no ano de 1120. alguns factos de grande relevo estão intrinsecamente ligados à historia desta Ponte, merecendo por isso a sua narração.
Dentre eles destacaremos aqueles que nos contam ter existido no Século XVII um Prelado insigne, que foi notável historiador e teólogo eminente, que se chamava D. Rodrigo da Cunha, sagrado Bispo de Portalegre em 8 de Novembro de 1615, vindo a ser Bispo de Braga, tomando posse deste honroso cargo em 10 de Junho de 1627. há documentos fidedignos que dizem ter D. Rodrigo da Cunha entrado no Arcebispado de Braga, pela Ponte da Lagoncinha, onde lhe foi feita carinhosa e muito entusiástica recepção.
Vejamos o que nos conta o cronista, no referir-se a este acontecimento histórico: «Entrando no Arcebispado pela Ponte da Lagoncinha, lhe tinham os lavradores na, mesma Ponte um grandioso arco triunfal, alto e bem feito, tecido de ramos verdes de carvalho e castanheiro…..
Tinha João Baptista de Carvalho, homem nobre da cidade de Braga, no mesmo lugar, alegres danças camponesas e uma bem ordenada folia, com cantigas inventadas ao modo rústico da região para aquele efeito, com que grandemente alegraram a sua ilustríssima e as demais».
Outro histórico e notável acontecimento ligado a esta Ponte é o da sua travessia pelas tropas invasoras napoleónicas em Março de 1809. como é sabido, nesta invasão de tropas francesas entraram pela fronteira de Chaves, que se entregou quase sem resistência. Dai o exercito invasor seguiu caminho para Braga, onde chegou no dia 20 , depois de vencida forte oposição.
De Braga, o comandante militar mandou avançar para o Porto, ordenando que a marcha se fizessem em três colunas. A da esquerda recebeu ordens para seguir por Guimarães, a do centro teria que atravessar o rio Ave pela «Barca da Trofa» e a da direita atravessar o rio na «Ponte D`Ave». Por conseguinte, veio a ser a coluna do centro, pelas razões adiante indicadas, que atravessou a Ponte da Lagoncinha.
Vejamos o que nos contam as memórias do célebre marechal Soult, por ele mesmo escritas a este propósito: «Os reconhecimentos do general Lahoussax comunicaram que o inimigo estava entrincheirado na margem esquerda do rio Ave; as pontes estavam cortadas e muito canhões defendiam consideráveis entrincheiramentos na margem esquerda.
A minha coluna do centro foi por isso obrigada, impedida de passar na «Barca da Trofa», a subir ao longo do rio para forçar a Ponte de Lagoncinha que estava iriçada de barricadas e defendida por fortes entrincheiramentos. O 17º de Infantaria levou de vencida todos os obstáculos, atirando-se e apoderando-se da artilharia inimiga».
Mais episódios existem ligados à vida e história desta ponte, porem tornar-se-ia fastidioso contá-los, por isso ficamos por aqui. Esta ponte começou a perder grande importância na sua função social e serventuário, no começo do século XVIII, altura em que se começaram a fazer açudes no rio, tornando-o mais navegável. Dai a que nessa altura viesse a ser construída a já referida «Barca da Trofa», que serviu durante cerca de um século para o transporte e carga de toda a espécie, de uma para a outra margem do rio. Esta singular e rudimentar passadeira flutuante veio a dar lugar à construção da originalíssima e funcional «Ponte Pênsil» que foi bem um «ex-libris» e que se conservou em funções também à volta de um século, pois entrou em exercício em 1858 e foi retirada nos anos 30, dando lugar à ponte de cimento armado que, no seu lugar foi construída.
Pelas razões expostas, a Ponte da Lagoncinha, alem de perder o seu «primado» de passagem obrigatória (por ser única), começou a entrar em desmazelo e, consequentemente, em estado de ruína.
Consciente desta deplorável situação, a Junta de Freguesia de então fez, em princípios de 1940, uma circunstanciada exposição, dirigida à Junta Nacional de Educação, tendo esta por sua vez emitido parecer favorável, resultando dai, por decreto governamental nº 32 972, de 18 de Agosto de 1943, ser considerada, para todos os devidos efeitos, Monumento Nacional. Assim considerada, foi imediatamente tratada e reparada convenientemente, sendo-lhe restituída a sua primitiva traça. Foi um restauro grande e profundo, pois um dos arcos já havia caído, levando por isso largo tempo a sua reparação, sendo resposta em funcionamento e o seu trânsito restabelecido em 12 Setembro de 1954.
A este festivo acto assistiram vários membros do Governo e o filho mais dilecto desta nossa terra, D. Manuel Gonçalves Cerejeira, então Cardeal Patriarca de Lisboa.
São estes, em linhas sucintas, os factos ligados à vida e história desta jóia arquitectónica que se chama «Ponte da Lagoncinha».
É, sem favor de qualquer espécie, é uma das pontes, deste estilo e dessa época, mais lindas existentes em Portugal. Esta opinião é de eruditos conhecedores destas coisas.
Para finalizar, resta-me convidar aqueles que tiverem tido (se é que os houve) paciência para me lerem, a fazerem um passeio até aqui e ver «in-loco» a justeza das minhas palavras e das minhas apreciações

António Máximo "Jornal da Trofa 10-07-81"



.....................A Ponte de Lagoncinha e o seu aspecto Rural






.............................A Ponte Ferroviária (a dita Ponte de Ferro)




Ponte de Ferro



A Ponte Ferroviária do Ave, entre Trofa-Lousado, substituída por outra em seis minutos.
Entre as estações ferroviárias da Trofa e Lousado há sobre o rio Ave, a grande altura, uma extensa ponte que serve de duas vias da linha de Guimarães e do Minho.
A ferrovia de Guimarães, entre as referidas estações, assenta nas mesmas travessas da ferrovia do Minho, interiormente, portanto aquela é uma via estreita e esta última uma via larga. Em Lousado, separam-se, seguindo cada qual o seu destino divergente.
Porque a primitiva ponte, na década dos anos trinta, não oferecesse segurança por aumento do tráfego nas duas vias, houve necessidade de a substituir por uma outra mais sólida e resistente.
E assim foi. Em apenas 358 segundos (menos do que seis minutos) a ponte primitiva foi substituída por outra com o comprimento de 65 metros e com o peso de 150 toneladas.
Eis o que se passou com esta operação.
A ponte substituída contava já sessenta anos de idade. Está ao serviço desde 20 de Maio de 1875, data em que circulou o primeiro comboio na Linha do Minho (Porto - Braga – Valença – Monção).
O ferro e o aço de que era feita, por mais resistentes que sejam, acabam mais cedo ou mais tarde por perder a sua consistência, por se gastar, deixando de garantir segurança. Sabedores desta realidade os responsáveis técnicos ferroviários a quem cabe a segurança da circulação de passageiros e mercadorias, entenderam por bem instalar uma nova ponte, arredando a primitiva.
O projecto da nova ponte foi elaborado e entregue às oficinas ferroviárias de Ovar para o executar, onde foi feita peça a peça,
Depois foi só montá-la no lugar. Para o efeito foi erguido, a montante do rio, um estrado de madeira que iria receber a velha ponte, e a jusante foram-se montando fracções de outro estrado à medida que a nova ponte se ia estendendo de uma para a outra margem.
Até que no dia 6 de Fevereiro de 1937, tudo estava concluído e devidamente preparado para a operação de mudança.
Eram exactamente 11 horas e 45 minutos, quando foram iniciados os trabalhos. Em 358 segundos foi a nova ponte colocada com toda a segurança no seu exacto lugar: enquanto a ponte antiga deslizava para o estrado a montante, a nova acompanhava-a no seu movimento substituindo-a em seu poiso.
Esta manobra causou espanto e admiração a todos quantos a ela assistiram. A Engenharia Portuguesa saiu daqui enobrecida.

Livro “Duas comunidades um só Povo"






terça-feira, agosto 26, 2008

A Freguesia onde nasci; LOUSADO ( 1 )

................................Museu Ferroviário de Lousado


Museu Ferroviário de Lousado


O Museu dos Caminhos-de-ferro de Lousado, Famalicão, está instalado nas antigas oficinas do Caminho-de-ferro de Guimarães (1883-1927) e constitui uma mostra importante do acervo existente na CP de oito Companhias-de-ferro, desde 1885 até 1977.
Inclui quatro locomotivas a vapor que encabeçam outros tantos comboios formados por tipologia. Possui também a mais antiga locomotiva de via estreita em Portugal, construída em Inglaterra em 1874, que convive com a carruagem posto médico, onde se homenageia Egas Moniz, médico ferroviário, galardoado com o Novel da Medicina em 1949.
O conjunto apresenta secções especializadas, tais como pontes rolantes, máquinas ferramentas para fabrico e reparações de peças, forja, carpintaria e serração. São várias as locomotivas em exposição, todas elas, consideradas jóias ferroviárias, como a locomotiva nº6 CFPPV construída em Inglaterra em 1874.
A principal particularidade deste museu não passa por ser o primeiro do género em Portugal, mas antes pela inovação discursiva no âmbito museológico: rigoroso no tratamento dos temas e com enquadramentos naturais dos conteúdos.
A concepção arquitectónica do edifício atendeu as necessidades próprias de um espaço que será, também, dedicado à investigação e ao conhecimento, sobressaindo o auditório instalado na antiga carruagem do Vale do Vouga, com equipamento audiovisual próprio e dupla valência, alem de espaço para exposições temporárias.
O projecto de arquitectura e restauro respeitou as tipologias, as funções e os materiais construtivos dos edifícios, hoje com lugar de destaque no âmbito da arqueologia industrial.
Parte das coberturas é de telha marselha assenta num sistema de asnas à francesa, com clarabóias longitudinais e forro em madeira. Algumas paredes, construídas com pequenas porções de xisto preto e castanho, fazem jus ao nome da terra, Lousado.
Horário
Aberto de Domingo a Sexta-feira das 14h00 às 17h00

Jornal Cidade Hoje "7 Maravilhas de Famalicão" Julho 2007















..................As Imagens foram retiradas do site da Junta de Freguesia

sábado, abril 19, 2008

O Concelho onde nasci - V. N. DE FAMALICÃO!

.......................................Os próximos dois temas serão...

.......................................A Freguesia onde nasci - LOUSADO!

.......................................E a pedido...

.......................................CASTELO DE VIDE!



Vila Nova de Famalicão (conhecida frequentemente apenas como Famalicão) é uma cidade portuguesa no Distrito de Braga, região Norte e subregião do Ave, com cerca de 30 188 habitantes. Situa-se a uma altitude média de 97 metros.
É sede de um município com 201,85 km² de área e 127 567 habitantes (2001), subdividido em 49 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Braga, a leste por Guimarães, a sul por Santo Tirso e Trofa, a oeste por Vila do Conde e Póvoa de Varzim e a noroeste por Barcelos. Foi criado em 1835 por desmembramento de Barcelos e elevada à categoria de cidade em 1985.
A cidade em si resume-se nas palavras do cinéasta português Manoel de Oliveira: «Origens lendárias de Famalicão - centro de comunicação rodoviária e ferroviária, entre várias localidades do Norte. As alegres e pitorescas ruas. Acontecimentos registados nos jornais da terra. Edifício - hospital da Misericórdia, Câmara Municipal. Monumento a Camilo Castelo Branco. Casa de Camilo, em São Miguel de Ceide. Trabalho nos campos. Igrejas. Os arredores românticos. Indústrias de fiação e tecidos, de botões e de relógios (única na Península). Aspectos típicos: vindimas, malhadas, feira». Na própria filmografia do realizador, deparamo-nos, em 1941, com uma película dedicada à cidade de Famalicão.
Os habitantes de Famalicão chamam-se Famalicenses.





História
No entanto, as origens de Vila Nova remontam mais propriamente ao reinado de D. Sancho I, segundo rei de Portugal, que detinha na zona um reguengo, este elaborou uma carta foral no ano de 1205, afim de criar raízes populacionais nessa zona.
A Carta do Foral de 1205
D. Sancho I ficou para sempre lembrado como o povoador, rei que apadrinhou a criação de povoamentos por todo o país, com vista a tornar Portugal num reino forte e disperso, povoando assim áreas remotas do reino. No dia 1 de Julho de 1243, o rei D. Sancho I de Portugal que tinha um reguengo em Vila Nova fez uma carta foral para 40 povoadores dessa terra, dando autorização para estes tratarem do seu reguengo. Todo o lucro que os 40 povoadores obtivessem naquele reguengo seriam perpetuamente deles, por direito hereditário, e poderiam vender como seu foro a quem quisessem. Assim, a história da vila iniciou-se a partir desse momento. Nessa mesma carta foral, o rei manda a povoação que faça uma feira quinzenal, tradição essa que ainda hoje em dia é seguida semanalmente.






O Munícipio
A Vila de Famalicão, como cabeça do Julgado de Vermoim, começou a valorizar-se com o correr dos anos, e tanto assim que em 1706 contava 100 habitantes naturais da terra. Mostrando os seus anseios de melhor progresso, em 1734 e 1735 insistiu com Barcelos, pedindo regalias, como a significar o cuidado de novas intenções progressivas. Continuando a ferver em si o interesse pelo desenvolvimento local. Em 1825, pediu decididamente à Vila de Barcelos a criação de um concelho próprio, o que não veio a conseguir obter. Finalmente, dez anos depois e com a criação da nova Divisão Judicial do Reino de Portugal, em 21 de Março de 1835, entre o geral do País, ficou formado o concelho de Vila Nova de Famalicão por carta foral da rainha D. Maria II





A Cidade
Na segunda metade do século XX, a cidade tinha atingido um patamar de qualidade, com equipamentos e infra-estruturas modernas, porgresso esse que poderia levar a vila à elevação a cidade. Assim, a Lei de 14 de Agosto de 1985, aprovado pela Assembleia da República em 8 de Julho de 1985, abriu caminho à ascensão de Vila Nova de Famalicão à categoria de cidade.





Geografia
Vila Nova de Famalicão encontra-se na província do Minho, no distrito e arquidiocese de Braga, é sede de concelho e de comarca, encontra-se em terreno plano a 88 metros de altitude. A cidade encontra-se num importante nó rodoviário que a liga ao Porto, a Braga, a Barcelos, a Guimarães, à Póvoa de Varzim e a Santo Tirso. Tanto a nível rodoviário como a nível ferroviário Vila Nova de Famalicão é uma povoação com uma excelente situação geográfica, o que a tornando-se um ponto de passagem obrigatória. A cidade fica a 20 minutos do aeroporto internacional Francisco Sá Carneiro e do Porto de Mar de Leixões, cruzada por autoestradas, estradas nacionais e caminhos de ferro que unem os principais centros urbanos do Norte do País e da Europa.
A região de Vila Nova de Famalicão possui um clima temperado mediterrânico continentalizado. A proximidade da cidade com o mar (cerca de 20km) torna o clima no inverno essencialmente húmido e com temperaturas baixas relativamente ao resto do país. No verão as temperaturas são amenas, típicas de clima temperado marítimo dessa estação.


..................................O Mapa para entrar e sair da Cidade


........................................A Casa da Cultura


.......................................A Universidade Lusíada


.......................................A antiga Igreja Matriz


...................................A Fundação Cupertino de Miranda


..................................A Casa Museu Camilo Castelo Branco


As imagens aqui expostas foram retiradas do site http://www.cm-vnfamalicao.pt
e Wikipédia

domingo, abril 06, 2008

O DISTRITO ONDE NASCI - BRAGA!

...................................A Bandeira da Cidade de Braga

...................................O Brasão da Cidade de Braga

..................................O Edifício da Câmara Municipal de Braga


Resenha Histórica de Braga
• Num passado remoto
A cidade de Braga, vista como um verdadeiro monumento vivo da região do Minho, tem uma vasta história que remonta á Idade do Ferro onde prevalece a “cultura castreja” característica do povo “brácaro”.
Esta sofreu várias influências desde romana a invasões bárbaras.
• Após o nascimento de Portugal
Agora, Braga, como cidade portuguesa, é fortalecida. Porém pode-se dizer que foi vindo a ser esquecida por sucessivos reis. Até que D. Diogo de Sousa, um virtuoso arcebispo renascentista, decide dar-lhe uma nova vida. A partir daí a cidade perdida torna-se na conhecida “cidade dos arcebispos” - foram construídas várias obras de caris religioso.
• Num passado recente
Na passagem do século XVIII, Braga ganha um novo fulgor através de novas cores das quais se destaca o barroco; a introdução de algumas melhorias a nível de equipamentos sociais também foi visível.
No século XX acontece uma verdadeira revolução com a implantação de instrumentos de desenvolvimento, de onde se destaca o Teatro Circo, entre outros. Isto vai levar a um futuro crescimento, tanto demográfico como cultural e económico, tornando Braga numa das mais importantes cidades portuguesas.

.......................................(mapa medieval da cidade)

.....A antiga estação ferroviária de Braga que se situa lateralmente à nova.


...............A nova estação Ferroviária de Braga, com a sua imponência.

.................................A Sé de Braga


A Sé de Braga, localiza-se na freguesia da Sé, em Portugal.

Considerada como um centro de irradiação episcopal e um dos mais importantes templos do românico português, a sua história remonta à obra do primeiro bispo, D. Pedro de Braga, correspondendo à restauração da Sé episcopal em 1070, de que não se conservam vestígios. Nesta catedral encontram-se os túmulos de Henrique de Borgonha e sua mulher, Teresa de Leão, os condes do Condado Portucalense, pais do rei D. Afonso Henriques.


História

Em 1128 foi iniciado um edifício de cinco capelas na cabeceira, por iniciativa de D. Paio Mendes, parcialmente destruído pelo terramoto de 1135. Respeitando os cânones arquitectónicos dos Beneditinos clunicenses, os trabalhos foram dirigidos por Nuno Paio.

Mais antigos serão os absidíolos, hoje no exterior norte, e talvez alguns elementos do transepto. Em 1268 as obras ainda não estavam concluídas. O edifício continuou a ser modificado com algumas intervenções artísticas, sendo particularmente significativa a galilé, mandada construir, na fachada, por D. Jorge da Costa nos primeiros anos do século XVI e que viria a ser concluída por D. Diogo de Sousa. Este último mandou fazer as grades que agora a fecham, tendo ainda alterado o pórtico principal, (destruindo duas das suas arquivoltas) e mandado executar a abside e a capela-mor, obra de João de Castilho datada do início do século XVI. Em 1688 destacam-se as obras do arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles, que modificou toda a frontaria ao gosto barroco, mandando executar também o zimbório que ilumina o cruzeiro.

Características

Templo Principal

O templo românico definitivo tinha uma fachada clássica, ladeada por duas torres sineiras onde se abre o portal (arquitectura) principal. O interior é de três naves, com seis tramos e com cobertura de madeira, transepto desenvolvido e uma cabeceira com a abside rodeada por dois absidíolos. Os elementos essenciais desta traça ainda hoje se conservam com excepção da cabeceira. O essencial da escultura românica da Sé sobreviveu até hoje, estando concentrada nos portais (principal e lateral sul, a chamada Porta do Sol) e nos capitéis do corpo do templo.
A igreja possui dois órgãos de tubos, ambos completamente funcionais: o órgão do Evangelho, de 1737 e o órgão da Epístola, de 1739 obra de Simãos Fontanes.

Capela de São Geraldo

A primitiva capela, da qual apenas resta a estrutura das paredes, foi mandada construir pelo arcebispo Geraldo de Moissac, em honra de São Nicolau. Em 1418-1467 o arcebispo D. Fernando da Guerra, depois de Geraldo ser considerado santo, dedicou a Capela a este arcebispo de Braga, e o santo sepultado no retábulo principal. A capela está decorada em talha barroca. Os azulejos são atribuídos ao pintor António de Oliveira Bernardes (1662-1731). No chão está a sepultura de D. Rodrigo de Moura Teles arcebispo de Braga.

Capela dos Reis

Capela gótica, feita sob o mesmo voto de agradecimento pela vitória na Batalha de Aljubarrota, na qual D. João I prometeu a feitura do Mosteiro de Santa Maria da Vitória da Batalha. Esta capela foi mandada fazer pelo arcebispo de Braga D. Lourenço Vicente, que esteve na Batalha de Aljubarrota e prometeu construir uma capela em Braga, honrando a Virgem. Na Capela dos Reis estão os túmulos dos pais de D. Afonso Henriques, Conde D. Henrique, e D. Teresa, além do túmulo de D. Lourenço Vicente.

Capela de Nossa Senhora da Glória

Mandada construir pelo arcebispo D. Gonçalo Pereira para seu monumento funerário. Em 17 de Novembro de 1331, o Papa João XXII, concede a D. Gonçalo Pereira, através da bula Marita tuae devotionis, autorização para gastar 6.000 florins de ouro, das rendas da mesa arquipiscopal, na dotação da capela que pensa construir. O arcebispo está sepultado num túmulo gótico, semelhante ao túmulo da Rainha Santa Isabel, em Coimbra. Foi obra de dois escultores: Mestre Pero e Telo Garcia.

Capela de Nossa Senhora da Piedade

Construída pelo arcebispo D. Diogo de Sousa, em 1513, e onde está o seu túmulo.

Igreja da Misericórdia de Braga

A Igreja está incluída no conjunto da Sé de Braga.

Claustro

O actual claustro foi construído no século XIX substituindo outro anterior, gótico, e que já no século XVIII ameaçava ruína.


..................O Novo Estádio do Braga - Original em todo o Mundo!


............O Santuário do Sameiro, local de peregrinação durante o Ano.


............O Bom Jesus de Braga, também local de peregrinação dos devotos.


Queria convidar todos que me visitem, se assim o pretenderem! Deixarem escrito aqui nos comentários, quais as terras Portuguesas que desejariam verem aqui focadas.

É uma maneira de ir ao encontro dos desejos de vocês!

OBRIGADO!

ZezinhoMota